Terminada a primeira fase do estadual, parece difícil imaginar o tamanho da euforia que a comunidade de Erechim deve estar sentindo pela bela campanha do time da cidade. Líder pelo saldo, o Ypiranga deve se preparar para uma grande festa em Pelotas no jogo do próximo fim de semana. Se repetir minimamente o desempenho até aqui, entrará para o seleto grupo de finalistas do campeonato gaúcho. Seu rival na semifinal, o Brasil de Pelotas, busca sua sétima disputa de título.
Clube que chegou a ter suas atividades suspensas na década de 70, o “canarinho" tem razões de sobra para orgulhar-se de seus feitos. Depois de garantir vaga na quarta divisão nacional e fazer boa campanha em 2015, o time amarelo da “capital da amizade" disputa a série C do campeonato brasileiro desde então.
No campeonato gaúcho de 2022, impressionou pela regularidade. De atuação soberba diante do Internacional, o clube mostrou que não se tratava de situação episódica; mandou bem ao enfrentar os outros dez adversários para ficar no topo da tabela. Se passar pelo surpreendente e tardio classificado, o Xavante, o palco do último jogo será mesmo Erechim, no Alto Uruguai.
Tenho carinho por esta cidade. Erechim é a terra de Paulo César Carpegiani, de Rafael Sóbis, e de uma família de amigos pra lá de especial. Alessandra Ambrósio também nasceu lá. Isso não quer dizer muito, é verdade. O que quero mesmo dizer é que torcerei demais para que o time de Luizinho Vieira avance à final. Claro que Pelotas é querida por todos, mas meu coração já escolheu por quem vai bater a partir das 20h30 do próximo domingo.
E ver o Internacional numa possível final (possível mais pela disputa óbvia do que pelo rendimento de campo) num Colosso da Lagoa pulsante seria uma celebração especial e uma retribuição à altura para o já conhecido tratamento hospitaleiro do povo daquela região. Aliás, se você quiser conhecer um pouco da história daquela cidade, basta atentar para o título desse texto. Vá no YouTube e verá que trata-se de uma música regionalista do grupo Os Monarcas. Se aquela cidade precisasse de um hino para representá-la, a terceira faixa do lado B do LP “Cheiro de Galpão”, de 1991, composta por Gildinho, seria a escolha certa. Saudosista eu? Muito!
Ah! E sobre o nosso Colorado? Bem, esse é outro semifinalista que merece considerações mais minuciosas. Precisei dar um tempo sobre ele nesse texto porque todos sabem que o Inter às vezes me cansa. Assim, optei por tergiversar homenageando a terra dos “campos de mel de guamirim", a bela Erechim. E o Inter, sabe-se,  não é o dream team pintado pela imprensa especializada após a vitória no clássico 435 nem o inseguro time de Bagé: é algo entre esses dois. Suficiente para 2022? Difícil dizer. Dá para analisá-lo. Para isso tem o Bate-papo Colorado, segunda, às 20h, na Rádio web Inter de Todos. Você é nosso convidado!


Rodrigo Rocha


Imagem: Jornal Bom dia


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