Depois de duas temporadas afetadas pela pandemia, o campeonato brasileiro se aproxima de seu final com times ainda com partidas a recuperar. O Juventude, adversário do Internacional em Caxias, por exemplo, teve o duelo contra o Atlético-GO – jogo em Goiânia e válido pela 30° rodada – remarcado para o dia 23 de novembro. No mesmo dia, o Grêmio deverá cumprir o jogo da segunda rodada diante do Flamengo, em Porto Alegre. Portanto, são dois fortes candidatos a fazer companhia para a já rebaixada Chapecoense que têm mais pontos a disputar do que seus concorrentes diretos. E confirmando a queda dos times gaúchos, o sul perderia três de seus atuais cinco representantes na elite.
Pode-se dizer que o jogo no Alfredo Jaconi é duríssimo para o colorado. A fotografia atual mudou em relação ao time que venceu o alviverde da serra, no primeiro turno. Daniel, Caio Vidal, Patrick, Taison e Thiago Galhardo – que começaram jogando naquele 1 a 0 – estão fora por razões distintas. Não creio que o autor da assistência do triunfo colorado comece a partida. Heitor, de ótimo cruzamento para o gol de Galhardo, tem dificuldades na marcação – e perde naturalmente a disputa com Mercado, de boa atuação no clássico Grenal. Projeto isso porque Aguirre já terá esse problema no outro lado, já que Moisés foi vetado para o confronto e Paulo Víctor vai para o campo. Nesse caso, um lado deverá ser mais conservador e marcador, penso.
Assisti a alguns vídeos do lateral esquerdo que foi relacionado para viagem de Caxias do Sul. Gostei do Thauan. Prefiro chamá-lo assim porque o “Lara” não se justifica como complemento, pois não há outro Thauan no plantel. Nem um Eurico, não que eu saiba. Enfim. O menino tem bom porte e tem recurso quando fecham em cima dele. Sabe se desvencilhar da dificuldade com relativa naturalidade. Não deverá jogar, mas é positiva sua presença na delegação para ambientar-se ao seu futuro ofício como atleta profissional.
Com a vitória do Grêmio diante do Fluminense, o Juventude, pela latente necessidade, tentará de tudo para atacar o time colorado – o que me faz pensar em espaços generosos para exploração. Contra o Bragantino, quis muito observar Kaique Rocha. Contra o Ju, a bola da vez deverá ser Boschilia – nome que me desagrada tendo Edenílson pela direita e Maurício centralizado na vaga de Taison. Nessa formação, Gustavo Maia poderia substituir Patrick, tendo assim a profundidade de Paulo Víctor e a infiltração para o meio, característica do camisa sete. Boschilia, Palácios e Saravia já estão fazendo hora extra com a camisa vermelha. Destes, dois correm risco de jogar.
Ainda respirando o alívio da vitória diante do rival, o Internacional precisa muito vencer os jaconeros para confirmar uma boa arrancada nessa reta final de competição. Foi instável nos jogos com Bragantino e Corínthians. Contra o São Paulo, nem dá para cobrar, porque um time que não consegue compor o banco de reservas não merece tanta pedrada assim. Até guardei as minhas no bolso. Aliás, prefiro trocá-las por fogos de artifícios para dar boas-vindas aos sulistas substitutos que vêm para série A no ano que vem: Avaí e Coritiba, venham pra cá!
Rodrigo Rocha
Imagem: Mercado da Bola
